O resultado de 2023 representa queda de 27% em relação ao registrado em 2022, quando os novos postos atingiram 2,037 milhões
Otávio Augusto 3 minutos de leitura 30.01.2024 comentáriosNa tentativa de conter a má repercussão da queda no emprego formal em 2023, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, atribuiu à informalidade o resultado negativo.
Além disso, os juros altos, segundo a análise do ministro, também influenciou no saldo do mercado de trabalho.
“Sempre a contratação e a demissão têm a ver rigorosamente com a economia, ou com algum momento de pico de modernização e novos métodos de trabalho, mas em 2023 não me parece que tenham acontecido esses fenômenos. O PIB foi maior do que disseram que seria, e a geração de emprego está compatível com crescimento do PIB no ano. Pode ter tido outro fenômeno, que é a informalidade, e eventuais contratações informais na agricultura”,comentou.
A declaração foi dada na tarde desta terça-feira (30), em Brasília, durante entrevista coletiva para comentar dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Marinho emendou.
“A economia não teve o pico de contratação, na magnitude que imaginávamos [nesses meses], e aí tem os juros atuando. É um elemento que influencia no comportamento da economia, apesar do início da queda mês a mês, é insuficiente. Os juros precisam cair mais. O juro brasileiro é um dos maiores do mundo. É um elemento que influencia fortemente”, defendeu.
O mercado de trabalho fechou o ano passado com a criação de 1,483 milhão de vagas formais, considerando contratações menos demissões.
O resultado do primeiro ano do terceiro mandato do presidente Lula representa queda de 27% em relação ao registrado em 2022, quando os novos postos com carteira assinada atingiram 2,037 milhões.
Os dados constam no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), elaborado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, e foram apresentados na tarde desta terça-feira, 30.
Em dezembro, foram fechados 430.159 vagas com carteira assinada. No mesmo período de 2022, os cortes foram de 431.011 postos, saldo negativo que sobe para 455.544, considerando ajustes.
Em 2023, o estoque de empregos formais no país alcançou 43.928.023 postos de trabalho.
No acumulado do ano passado o saldo foi de 1.483.598 postos de trabalho, resultado de 23.257.812 admissões e 21.774.214 desligamentos.
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